segunda-feira, novembro 14, 2005

Gratuito ou talvez não

Notícia do jornal Açoriano Oriental de 6 de Novembro de 2005:
“A partir de segunda-feira, todos os açorianos, de Santa Maria ao Corvo, podem aceder gratuitamente à SIC, TVI e à “:2” em casa. Para tal, basta requerer o equipamento de transmissão por 50 euros.”.
Lá está, também temos acesso gratuito ao cinema, temos é que pagar o bilhete!!
Apesar de ser uma boa notícia e da mais elementar justiça, não será um acesso gratuito como noticiam.
Percebo os custos associados à tecnologia necessária para realizar a referida operação, mas as coisas ou são ou não são e grátis é não pagar absolutamente nada, não estou a perceber essa ansiedade toda em anunciar um acesso gratuito…

Início santaclarense

Cumpridos os primeiros 10 jogos da Liga de Honra, o Santa Clara tem 13 pontos, mais 6 do que no ano passado com José Morais, em igual período, e menos 1 do que Francisco Agatão conseguiu em igual número de jornadas.
Apesar de alguns resultados menos felizes (nomeadamente em casa), para o campeonato o Santa Clara não perde desde 25 de Setembro e as duas vitórias consecutivas vieram tirar a equipa dos lugares de despromoção.
Apesar de alguma euforia, é importante manter um caminho vitorioso para deste modo poder atingir mais rapidamente a manutenção.
Para sofrimento já bastou o ano passado…

Sismos

Na celebração dos 250 anos do terramoto de 1755, muitos descobriram literalmente “a pólvora debaixo de água”, ou seja, o elevado risco sísmico de Lisboa. Logo o medo instalou-se e a ideia de sentir a terra a tremer apavora muitas mentes. Vivessem ele nos Açores e muitas mudas de cuecas seriam obrigados a fazer…
Na realidade, estão a ir ao lado da questão principal, não são os sismos que matam as pessoas mas sim as construções.
Os regulamentos existem, mas são cumpridos e respeitados?
A culpa não é de quem constrói mas sim de quem paga pois o que interessa não é fazer bem, o fundamental é fazer e o mais barato possível e quando vier o sismo e as novas construções tiverem comportamentos ridículos, quem pagou e é responsável, é descaradamente esquecido e inocentado pelo clima de transtorno criado pela tragédia e o verdadeiro culpado é sempre o mesmo, o sismo.

domingo, novembro 06, 2005

Solidariedades

Existem dois tipos de solidariedade, a de fachada e a real.
A de fachada é a que vemos quase diariamente em revistas e televisões onde pseudo-famosos aparecem a “contribuir” única e simplesmente para se auto promover.
A solidariedade real é a escondida, a que é dada sem pretender receber o que quer que seja em troca, e essa sim, é a que quem mais precisa carece e agradece.
Um actor de primeiro plano e que diariamente aparece numa novela portuguesa de grande audiência dá o exemplo, visita com regularidade um jovem que padece de uma doença terrível, levando até que se criassem laços de amizade entre os dois. A maneira? Sem fachadas, sem vedetismos, apenas humano como qualquer um. Não que a sua solidariedade seja melhor ou diferente da das outras pessoas, mas num tempo onde o que move as pessoas é a exposição e a fantuchada (mesmo que para isso tenham que se servir de crianças doentes) é bom ver que ainda existem excepções…