sábado, agosto 27, 2005

Autonomia


Numa altura em que se confunde tudo e todos, e onde andam por aí muitas almas perdidas negando aquilo que durante anos foi conquistado com muita luta, não podemos renegar as conquistas da ida década de 70.
A todos os que lutaram e que ainda hoje lutam, o respeito e a admiração!

A crítica ao relvado

No rescaldo do Santa Clara – Beira-Mar, com pouco mais de interessante para dizer, Augusto Inácio afirmou que o relvado do estádio de S. Miguel não estava nas melhores condições, tentando dessa forma arranjar algum tipo de desculpa face ao resultado obtido. Quando há 3 anos o relvado estava verdadeiramente lamentável e impraticável, todos o criticavam. Após trabalhos de fundo, o relvado melhorou bastante mas não houve uma única alma caridosa que louvasse a visível e efectiva melhoria do relvado, o que realmente interessa é falar mal!
Por outro lado, convém lembrar ao sr Inácio que mesmo podendo não estar a 100%, o relvado do estádio de S. Miguel é muito superior ao estádio que o clube que ele actualmente treina apresentou durante muitos anos no mais alto nível do futebol nacional. Lembrar também que nós os açorianos somos os enteados e eles lá fora os filhos e como tal os novos estádios para o EURO 2004 foram “criteriosamente” e “estrategicamente” escolhidos…
Se não é justificável ter um estádio cá, é justificável ter um estádio em Aveiro que custou ao erário público 77,6 milhões de euros e que na época 04/05 (na Superliga) teve uma média de 7 mil espectadores? Isso meus amigos também nós conseguimos…

O início santaclarense

Quando toda a gente já festejava antecipadamente a goleada do Beira-Mar sobre o Santa Clara, eis que a formação encarnada dá uma resposta clara, apresentando qualidade nos jogadores e uma exibição que longe de ser brilhante, justificava a vitória frente aos aveirenses. Acredito que com mais um matador na frente de ataque (infelizmente já não será o Evandro, porque será?) e com alguma sorte, alinhando com concentração e ambição, o Santa Clara pode fazer um campeonato tranquilo e fugir aos lugares de despromoção.
E lá está, pelo segundo ano consecutivo a evidência de tão clara que é parece cegar os seleccionadores nacionais, o Santa Clara tem actualmente o melhor guarda-redes português! Basta atentar com atenção as estatísticas e ver as suas exibições…

terça-feira, agosto 09, 2005

A entrevista melada – Parte II

Ainda na entrevista, o dr LM afirmou que o clube tinha os ordenados em dia até Março.
Já aqui afirmei que uma atitude correcta, na minha opinião, desta direcção foi ter os ordenados em dia em alturas cruciais do campeonato (evitando as desculpas dos ordenados para a falta de concentração nos jogos) e enfrentar as últimas jornadas só com Março pago.
Era de facto escandaloso ver equipas com mais de 6 meses de atrasos em salários, a jogar muito mais que o Santa Clara.
A isso chama-se brio e dignidade profissional, e isso claramente faltou o ano passado a alguns jogadores do Santa Clara.

A entrevista melada – Parte I

Só agora tive oportunidade de ver a entrevista do dr LM à RTP-Açores de Julho passado e alguns aspectos chamaram-me a atenção.
Observei atentamente a grande capacidade do dr LM em dar uma visão diferente dos problemas do clube.
Diz o seguinte: “Esta direcção tem resolvido muitos problemas e as inúmeras dívidas estão a ser pagas. A Lito Vidigal, o clube deve 178 mil euros, à dupla Manuel Fernandes/Oliveira, de um total de 270 mil euros, ao clube já só falta pagar 157 mil euros.”.
A direcção não está a fazer nenhum favor, está sim a fazer a sua obrigação face aos compromissos assumidos e expressos em contratos.
O grande problema é que foram essas autênticas LOUCURAS, salários elevadíssimos, gastos incalculáveis e não controlados que levaram à situação em que o clube se encontra. E isso não pode o dr LM criticar pois um dos grandes responsáveis por isso tudo é o principal “culpado” da sua entrada no clube, e talvez ainda seja cedo para cuspir no prato onde já se comeu.
Quanto aos outros responsáveis, proclamavam a alto e bom som tanto amor ao clube que quando o barco começou a afundar fugiram que nem ratos e hoje, com a maior das latas, andam de cabeça erguida pela rua e nem no estádio põem os pés.
O Santa Clara dificilmente entrará num rumo correcto enquanto não houver um corte radical com o passado e com todos aqueles que foram os responsáveis pela triste imagem que o clube actualmente apresenta.

O torneio

Tive oportunidade de assistir aos jogos do Santa Clara no Torneio João Carreiro e Silva e sou o primeiro a parabenizar o Operário pela conquista pois foi, de facto, a melhor equipa do torneio.
Por outro lado, constatei que a grandeza do Santa Clara é imensa pois as equipas açorianas fazem de uma vitória sobre o Santa Clara um autêntico feito histórico, mesmo sendo jogos a feijões.
O Madalena, convidado pelo clube organizador, tratou de estragar toda a imagem simpática que criou aquando da recente subida à II B. Os seus jogadores não vieram a Ponta Delgada jogar futebol, vieram testar as novas caneleiras dos jogadores do Santa Clara, tal foi a autêntica “pancadaria” que distribuíram durante o jogo todo, aliado sempre a um anti-jogo incompreensível. Com felicidade conseguiram um golo e aí foi a euforia total, nem o FCP festejou tanto quando ganhou a Liga dos Campeões!
Seria bem mais simpático e positivo terem encarado o torneio como uma forma de mostrar o seu futebol e acima de tudo jogar o jogo pelo jogo com bravura, mas sempre com fair play.
O Operário, mostrou qualidade e “limpou” o torneio com justiça. Que os dois bons golos não façam falta nos jogos a valer.
Ao menos por uma noite os adeptos do clube lagoense que se deslocaram ao estádio, puderam festejar uma vitória sobre o Santa Clara, coisa que há muito não acontece a nível oficial.
Quanto ao Santa Clara, jogando bem ou não, aquilo que verdadeiramente interessa é a conquista de vitórias nos jogos a doer, e eu acredito que vão ser muitas.

sábado, agosto 06, 2005

O “bota abaixo”

Confesso que tenho alguma dificuldade em entrar na moda do “bota abaixo” onde tudo serve para se criticar.
Quando se entra no mundo do futebol então, as paixões ultrapassam muitas vezes a racionalidade.
O caso do Santa Clara é pragmático. A direcção é atacada por tudo e por todos, muitas vezes com razão, outras talvez exageradas.
A mim, o que interessa é o futuro do clube e a imagem que o clube tem, que é dada pelos seus dirigentes.
Nesse aspecto, o Santa Clara precisa de credibilidade. Os sócios precisam de sentir e de VER as medidas que a actual direcção está a desenvolver e que diz serem as melhores para o clube.
Nunca criticarei uma direcção por ir buscar o treinador X em detrimento do treinador Y, ou o jogador A e não o jogador B, agora como sócio tenho todo o direito de criticar quando existe a mentira, a ilusão e as promessas vãs.
É fundamental os sócios saberem que a direcção segue a regra mais básica de qualquer gestão, não gastar 10 quando só tem 5!!
Será que é isso que acontece actualmente?
Gostava de acreditar que sim…

Madeira – Episódio 4

Como “jornalodependente” confesso, a busca diária e desenfreada (os jogos do Santa Clara assim ditaram) atrás da preciosa edição deu-me a conhecer algo. Também na Madeira os jornais e revistas do continente nem sempre chegam a tempo e horas com uma excepção, o jornal A BOLA. É que há uma edição de A BOLA – Edição Madeira, na qual são introduzidas quatro páginas (só sobre o desporto madeirense) à edição standard vendida em Lisboa, por exemplo, e essa edição é impressa na Madeira. Resultado: A tiragem do jornal é elevada e encontrar o RECORD é mesmo um exercício de paciência e muita dedicação… Uma pequena reflexão, não terão os Açores desporto ao mais alto nível (e não só) para também ter uma edição regional? Será uma ideia assim tão utópica, descabida e financeiramente desastrosa?

Madeira – Episódio 3

Avenida do Mar (principal avenida do Funchal), final de tarde, ambiente perfeito para um jantar no restaurante com forma de barco mesmo instalado sobre o mar. Experiência inesquecível… Péssimo atendimento, nenhuma simpatia, metade do menu já não havia e nem uma indicação disso mesmo… Enfim, valeu mesmo só pelas lapinhas…

Madeira – Episódio 2

Habituado a transportes públicos pouco organizados e tudo menos pontuais (Lisboa), a primeira agradável surpresa, os transportes públicos na Madeira funcionam muito bem, até tarde e acima de tudo são PONTUAIS!! Os horários são rigorosamente cumpridos e a partir das 21h é ver turistas estrangeiros a irem para o seu hotel de cinco estrelas de autocarro. Isto sim é apostar verdadeiramente no turismo!

Madeira – Episódio 1

Desconhecendo totalmente a Madeira, aventurei-me com a “Maria” e lá fomos nós.
Hotel razoável (a piscina não ter sol a partir das 18h ultrapassou-se, agora o ter que “gramar” com a animação nocturna no hotel é que foi mais complicado, o quarto ficava literalmente por cima do bar…), paisagem peculiar mas muito longe da verdadeira beleza açoriana, enfim, deu para descansar.

O quartel

Há pouco tempo, num blog relacionado com a Ribeira Grande, deparei-me com uma “discussão” em torno do novo quartel dos Bombeiros Voluntários daquela cidade. O ponto principal, focado e criticado por todos era a arquitectura do quartel, que por todos é considerada horrível.
Faz-me confusão a mesquinhice portuguesa do falar mal de tudo e de todos sem conhecimento de causa, e principalmente a forma injusta e ignorante como se critica.
Um quartel não é um ponto turístico ou de atracção turística, como tal a arquitectura nunca poderá ser o aspecto principal a ter em conta, mas sim a sua funcionalidade no serviço às populações necessitadas.
Assumindo regras básicas de bom senso e de enquadramento a nível de arquitectura, o projecto de estrutura é o principal e mais importante aspecto a considerar, e no caso de um quartel de bombeiros, a sua complexidade aumenta exponencialmente.
O presidente da Associação dos Bombeiros Portugueses (que conhece todos os quartéis em Portugal) considerou o quartel ribeiragrandense como um dos mais funcionais a nível nacional, colocando-o mesmo na linha da frente a nível de qualidade no que respeita ao top nacional. Esse sim é o melhor elogio que se pode ter. Agora discutir se o beiral fica melhor de branco ou às flores, desculpem-me mas só pode ser secundário…

Mentalidades

Mais do que crise, existe entre nós uma forma peculiar de ser e de viver.
Esperava ansiosamente pela abertura das portas do Coliseu Micaelense para assistir aos Xutos quando oiço: “Só estou aqui porque arranjei bilhetes de graça, se tivesse que pagar não vinha!”.
A mentalidade é a seguinte, não interessa o espectáculo, se é de graça o pessoal vai se é pago nem pensar… Mentalidades…

Concerto X

Foram quase duas horas de culto, grandes hinos e claro está, os Xutos ao seu melhor nível.
O público vibrou à sua maneira e os senhores comendadores mostraram aquilo que continuam a valer, que a cada ano que passa é sempre melhor.
Quase que arrisco no concerto do ano…
“É sempre a mesma coisa contigo ACBC, és faccioso e suspeito!” .

Epa pois sou!!

terça-feira, agosto 02, 2005

O dia X

Chegou o grande dia! Eu vou lá estar e tu?