quinta-feira, maio 11, 2006

E se for verdade?

Foi com ar incrédulo que li que o ex-líder da lavoura açoriana Manuel António Martins quer processar Carlos César por retaliações do presidente açoriano a uma negação de apelo ao voto socialista, por parte do empresário agrícola, nas eleições regionais de 2000. O que está em causa é um apoio de 300 mil euros ao Operário, quando Manuel António era presidente do clube lagoense, compromisso esse que não foi cumprido por César dada a negação do agrícola.
Ora bem, ou Manuel António não pensou bem no que disse ou então estamos perante um caso grave de favorecimento ilícito a um clube de futebol e uma promiscuidade assustadora entre futebol e política. E se for verdade? Decerto que o suposto apoio não estava legislado, pois se assim fosse teria sido concedido. O apoio pela palavra Açores tem muito que se lhe diga e ao que parece varia consoante o freguês...
A história não está clara. Carlos César já considerou tais declarações “tresloucadas”… Aguarda-se de forma atenta o desenrolar desta novela...

3 comentários:

Anónimo disse...

Isso é que é falar!! Tanta seriedade e honestidade, tanta indignação.
Aproveitando a notícia sugiro uma sondagem.
Pergunta: O CDSC, ao longo dos últimos anos de gestão rigorosa e transparente, tem recebido os seus apoios financeiros de origem pública de acordo com o previsto e orçamentado?
A) Claro, que pergunta...
B) É isso, os bébés e as cegonhas...
C) Se CDSC=COD a pergunta faz sentido e a resposta é sim.
D) Sem opinião

Caro ACBC, recordo-me de uma história de há uns meses atrás acerca do CDSC, Tribunal de Contas e uns apoios para a formação do clube e melhoramento do campo de treinos em S. Gonçalo. Bem vistas as coisas a Semana Académica parece-me ter sido o melhor investimento do Santa no seu belo imóvel terreiro. Para onde foram esses milhares de euros??

ACBC disse...

Caro NVIEIRA, relativamente à sondagem, abstenho-me de votar pois nunca disse que a gestão tinha sido transparente e rigorosa. Já várias vezes disse e volto a repetir, como o Santa Clara foi o primeiro clube açoriano a atingir patamares nunca antes imaginados, os apoios concedidos foram ali estipulados. Só poderemos estar a falar de desigualdade se outros clubes atingirem o mesmo nível e não tiverem o mesmo apoio. Até lá...
A questão que coloco não texto não tem, obviamente, qualquer crítica ao clube em questão, Clube Operário Desportivo. A bem dizer, se há clube de futebol açoriano com uma gestão (humana e financeira) exemplar, esse clube é o Operário. A questão é a de um apoio que é dado paralelamente ao estipulado. E acredita, se amanhã se descobrir que o mesmo sucedeu ao Santa Clara, serei o primeiro a criticar. Já várias vezes escrevi por aqui que os apoios públicos devem ser tratados com alguma sensibilidade, pois mesmo estando estipulados, muitas vezes dependem da cara do freguês. Lá está a promiscuidade entre futebol e política.
Relativamente aos milhares de euros que o Santa Clara recebeu para a formação e melhoramento do campo, o clube utilizou o dinheiro onde todos os outros clubes utilizam! A questão é que no Santa Clara os resultados da formação são públicos e "nacionais", enquanto que em muitos outros nada se vê.
Depois da próxima assembleia geral (sabe Deus quando irá ser realizada!) digo-te se s Semana Académica foi ou não um bom investimento.

Anónimo disse...

Caro ACBC, acredito que a tua intenção não tenha sido a de criticar o Clube Operário Desportivo.
Em relação à promiscuidade entre futebol e a política acho díficil separar as águas.
Confesso que o meu (pouco) interesse pelo futebol açoreano aumentou devido à notoriedade alcançada pelo Santa nos campeonatos nacionais, contudo pergunto hoje se não temos esperado demais do Santa Clara? Não será o Santa um poço sem fundo, onde qualquer tentativa de reduzir o passivo é um mero exercício teórico e impossível de por em práctica? Não sou um pensador do futebol mas parece-me (penso) que o COD é exemplo de uma ascenção sustentada que deverá ser seguida por todos os clubes açoreanos.E é bom não esquecer que qualquer clube açoreano sustenta-se nos dinheiros públicos, perdoem-me os clubes que contrariam este meu pensamento. E só falo do futebol, as restantes modalidades deverão ter dificuldades bastantes.
Abraço.